Câmara de bronzeamento artificial, risco potencial de contrair câncer de pele.
A superexposição ao Sol pode causar dano à nossa pele, isso sempre ouvimos falar nos programas de TV antes e durante o verão. Agora vamos entender quais são os perigos, por que ocorrem e como evitá-los. Mas antes uma outra "nanolição" a respeito do espectro de luz.
Na postagem “A cor azul do céu” vimos que a luz visível se divide em sete cores, mas a parte visível é menos de 1% de todo o espectro eletromagnético. Uma parte da luz invisível é o raio ultravioleta, que nos interessa para estudos do bronzeamento solar. A cor violeta se encontra em um dos extremos da luz visível, além dela estão os raios ultravioletas, logo, não podemos vê-los. O raio ultravioleta é dividido em três faixas: AVA, UVB e UVC. A faixa é UVC não nos causa problema, pois é totalmente barrada pela camada de ozônio. A UVB é parcialmente absorvida, o restante penetra na camada superficial da pele, o que causa queimadura nas células, estas reagem intensificando a circulação sanguínea no local e as células defensivas produzem moléculas que causam inflamação; isso é o que chamamos de bronzeamento, nome devido à semelhança com a cor brilhosa do metal bronze. Além da bela cor estival, o UVB produz vitamina D (calciferol), recomendada para o bom desenvolvimento de ossos e dentes. Mas também pode causar danos à pele, catarata e melanoma, o câncer de pele. Pessoas de pele clara correm mais riscos, especialmente as albinas; morenas e negras contam com a ajuda da melanina. Mas isso não vai acabar com sua praia, somente a exposição demasiada pode culminar em casos extremos.
Modelo de espectro eletromagnético com destaque para a luz visível a olho nu.
À região mais profunda da pele chega o UVA. Este aumenta a produção da enzima que rompe o colágeno – principal proteína fibrilar – eliminando a elasticidade e o aspecto jovem da pele.
Protetor solar sempre! Os dermatologistas recomendam usar o protetor solar antes de ir à praia e sobre toda a pele, mesmo nas partes que estarão por baixo da roupa. Jamais usar o bronzeador. Na hora de comprar um protetor, tenha certeza de que ele protege também contra o UVA, a maioria deles reage somente ao UVB. Os protetores, no entanto, não bastam para prevenir o câncer de pele, mesmo os de alto FPS (Fator de Proteção solar). O FPS mede o tempo de exposição ao Sol antes de se queimar. Há um calculo simples para ajudá-lo: antes, sem qualquer protetor, meça quanto tempo sua pele resiste ao Sol até se queimar, esse número, em minutos, multiplique pelo FPS do seu produto. Por exemplo, se você permaneceu 5 minutos antes de se queimar e usa um produto de FPS 10, a tolerância é de 50 minutos (5 x 10). A reaplicação do produto é bem-aceita. Hoje já existem protetores de FPS 70, mas nem estes garantem totalmente a prevenção de efeitos colaterais.
O bronzeamento artificial não é a solução, quem se utiliza das câmaras de bronzeamento corre um risco potencial de desenvolver câncer duas ou três décadas depois. A indústria do bronzeamento pode tentar convencê-lo do contrário, da mesma forma que a indústria tabagista negava os efeitos nocivos do cigarro há algumas décadas. O melhor que podemos fazer é conservar o nosso maior protetor solar: a camada de ozônio.
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